Análise de negócios e análise de requisitos estão entre as atividades mais importantes do processo de engenharia de dados. A lógica é simples; todo trabalho da engenharia de dados nasce para atender uma necessidade de negócio, e para atender tais necessidades é necessário consumir regras de negócio. Como as regras de negócio não podem ser consumidas diretamente, são necessários definir requisitos que compreendam tais regras.
A regra de negócio continua existindo mesmo que não exista um sistema para automatizá-la, ela vem antes do requisito, ela mantém a lógica do negócio repetível, ou seja, é possível fazer de novo de forma que aconteça sempre o mesmo resultado e que seja possível tomar uma decisão baseada na regra. Por exemplo: o açaí deve ser entregue aos clientes sempre gelado de forma que proporcione sensação de frescor, após aberto deve ser consumido no mesmo dia. Os requisitos devem ser criados para atender regras de negócio. Por exemplo: o açaí deve se manter na temperatura controlada de X graus, após aberto o sistema deve dar baixa na unidade do pacote, não permitindo que seja lido duas vezes o mesmo código do produto.
Desta forma, para a área de engenharia de dados, a regra de negócio é importante para explicar o objetivo do desenvolvimento de um pipeline de processamento de dados. No entanto existe um obstáculo no meio do caminho entre a regra de negócio e a entrega de uma tabela que podemos chamar de “conversão útil”. Durante o processo de passagem de conhecimento da regra de negócio em “código” é preciso discernir muitas questões, como por exemplo, o próprio entendimento do que é regra de negócio e requisito. Para melhorar a experiência da conversão entra em campo o profissional de requisitos.
Para um bom levantamento de requisitos é preciso ter conhecimento de algumas técnicas como técnicas de entrevistas para cobrir o maior número de perguntas possíveis sobre o objetivo da entrevista, anotações eficientes, conhecimento em UX, análise de negócios, ter alguns livros na prateleira como “O Teste da Mãe: Como conversar com clientes e descobrir se sua ideia é boa, mesmo com todos mentindo para você” e “Metodologia e Engenharia de Requisitos para projetos de Business Intelligence”. O UX une humanidade e a regra de negócio sempre refletindo como os dados podem agregar na vida do cliente, para isso utiliza técnicas que lhe ajudam a aprofundar-se nos sentimentos do usuário que é uma etapa importante, difícil de se dimensionar e automatizar. O Analista de Negócio busca entender os processos de negócio e identificar as opções para melhoria do negócio com uso de TI. Entre as técnicas de anotações eficientes podemos citar anotações de tópicos, método cornell, mapa mental, método do fluxo. No método de anotações de tópicos deve-se anotar as informações em tópicos, sem se preocupar com os detalhes. No método cornell, divide-se uma folha em três partes: ideias principais, notas e sumário. Esta técnica pode ser usada para resumir algum conteúdo, anotar as palavras chave e fazer um sumário do assunto. No mapa mental, utiliza-se uma folha em branco para colocar o assunto principal no meio dela e depois criar ramificações de assuntos. No método do fluxo somente quem faz a anotação vai entender mas se pode escrever livremente, da forma que se ouve sem se preocupar com padrões de escritas. A Álgebra Relacional é um conjunto de operações sobre modelos relacionais de dados. Seguir a simbologia da linguagem pode ser um processo moroso e técnico, mas seguir o conceito proporciona algumas vantagens sobre outras abordagens. A álgebra relacional tem origem na matemática, portanto é mais fácil de explicar a um usuário a compreensão dos conjuntos, permitindo uma comunicação franca com os usuários de negócio, e uma oportunidade de manter comunicação neutra pelo fato de não ser necessário adentrar a conceitos de linguagens artificiais, como SQL por exemplo. Na maioria dos casos o uso da álgebra relacional vem do fato de que é necessário combinar mais de um conjunto de dados para gerar informação, e cada combinação gera um novo conjunto de dados. Há seis operações fundamentais na álgebra relacional: Seleção, Projeção, Produto cartesiano, União, Diferença entre conjuntos e Renomear. Estas operações são indispensáveis, sem elas dificilmente será possível avançar no desenvolvimento do código. Por último, mas não menos importante, vamos falar de análise de negócio, que segue o IIBA, regido pelo livro chamado BABOK. O Analista de Negócios é responsável por entender os processos de negócio e identificar as opções para melhoria do negócio com o uso de TI, em outras palavras, podemos dizer que o analista de negócio deve entender a dor do cliente e procurar uma solução a melhor solução a nível de negócio. À medida que o analista de requisitos se empodera dos conhecimentos citados acima ele vai se tornando mais assertivo nas informações e capaz de criar soluções impactantes do ponto de vista dos stakeholders. Obviamente o caminho não é curto, mas com uma trilha é possível alcançar índices satisfatórios em cada área dentro de um tempo aceitável.