Alguma vez você já desenvolveu algum projeto que achou que ficou incrível e quando apresentou para o cliente final, teve que refazer praticamente tudo novamente? Se sim, acredito que deve ter sentido uma enorme frustração!
Nesse artigo, a dataholic Gisele Leitão vai apresentar uma maneira muito eficiente de evitar esse tipo de situação. Através do Design Thinking! Boa leitura!
O que é Design Thinking?
É um modelo de pensamento que vai além da necessidade de criar um produto ou serviço. É um contínuo processo exploratório e iterativo para obtenção de insights afim de resolver problemas ou gerar inovações.
O Design Thinking pode ser aplicado em vários cenários, mas nesse artigo vamos abordar a aplicação no processo de desenvolvimento de dashboards!
O design, por sua essência, tem a capacidade de equilibrar um projeto sobre três pilares: Desejabilidade, Viabilidade e Praticabilidade.
Figura 1: Pilares do Design Thinking.
Esse é o primeiro estágio do processo de design. Costuma se referir à identificação das restrições mais importantes e à definição de critérios para a sua avaliação. Um design thinker tem a missão de colocar esses três pilares em harmonia. Processos do Design Thinking:
O processo de design thinking é dividido em quatro etapas: Imersão, Ideação, Prototipação e Desenvolvimento.
Figura 2: Processos do Design Thinking.
Imersão
Nessa etapa, entendemos qual é o cenário, observando e coletando dados e informações. É aqui que fazemos entrevistas com os usuários para entender como são seus processos de análises, suas prioridades e suas expectativas.
Ideação
Durante a ideação, é a hora de buscar ideias que possam se tornar soluções para os usuários. Nessa etapa é crucial que o designer enxergue além do que se vê. Ou seja, que observe de forma minuciosa as reais necessidades do usuário para que possa propor soluções realmente eficazes.
Prototipação
Essa é uma das etapas mais importantes para o sucesso de um projeto, a criação de um protótipo! Para testar as ideias com o usuário, antes de finalizar a execução. Com isso, é evitado gastos desnecessários e retrabalhos futuros.
Quanto mais rapidamente tornamos nossas ideias tangíveis, mais cedo poderemos avalia-las, lapidá-las e identificar a melhor solução.
A meta da prototipagem não é criar um modelo funcional. É dar forma a uma ideia para conhecer seus pontos fortes e fracos e identificar novos direcionamentos para o projeto. O escopo de um protótipo deve ser limitado. O objetivo dos protótipos iniciais deve decidir se uma ideia tem ou não valor funcional. Mais cedo ou mais tarde, os desenvolvedores precisam apresentar o protótipo aos possíveis usuários do dashboard final para obter seu feedback.
Quando se trata de prototipagem de dashboards, é possível utilizar softwares para prototipagem, como o Figma ou Adobe XD, por exemplo. Ou se precisar de um esboço rápido, papel e caneta será o suficiente.
Figura 3: Protótipo de Dashboard feito em um software.
Figura 4: Protótipo de um gráfico feito à mão.
Desenvolvimento
É o momento onde as expectativas já foram alinhadas, e o projeto sai do papel, colocando-o em prática. É nessa etapa também que os conceitos de Storytelling são aplicados, deixando o dashboard ainda mais funcional.
Pensar como um designer pode ser justamente o que está faltando para que se entregue o valor que gostaria aos seus usuários e clientes. Fazer uma imersão pelo mundo deles e entender que necessidades, desejos e expectativas eles realmente têm, pode tornar o projeto mais humano e desejável, gerando uma experiência incrível e evitando frustrações de ambos os lados.